Nos seus anos de actividade, o Divino Sospiro percorreu um caminho dificilmente previsível para uma orquestra de câmara barroca fundada e sediada em Portugal.
O Divino Sospiro, sob a direcção artística de Massimo Mazzeo e em colaboração com vários artistas de renome, orgulha‑se de ter visto o seu repertório e o número dos seus concertos aumentarem ao longo dos anos desde a sua data de fundação, numa diversidade de formações que vão desde o agrupamento de câmara até à orquestra de ópera, apresentando-se não só em Portugal, como também em digressões por todo o mundo. Esta aposta na internacionalização, desde a sua formação, posiciona o Divino Sospiro na vanguarda da divulgação do património cultural português e dos seus intérpretes.
Desde a sua fundação, em 2004, o agrupamento tem-se apresentado em importantes palcos, como a Fundação Calouste Gulbenkian, o Centro Cultural de Belém, o Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, a Casa da Música, no Porto, e o Auditorio Nacional de Espanha, em Madrid. Participou em vários dos mais prestigiados festivais de música, como os Nacionais Festa da Música, e os Internacionais Festival d’Ile de France, cujo espetáculo apresentado foi gravado e emitido pela Radio France, Folle Journée de Nantes, Folle Journée au Japon, Festival de Varna, Mozartiana Festival em Gdansk, MusikFest Bremen e o Conceituado Festival d’Ambronay, onde o Divino Sospiro, primeira orquestra portuguesa convidada, teve a honra de participar em duas ocasiões.
Ao longo do seu percurso o Divino Sospiro desenvolveu também uma atenta actividade de aperfeiçoamento pedagógico e musical, promovendo e organizando várias master classes com eminentes figuras do panorama musical mundial, como Chiara Banchini, Enrico Onofri, Rinaldo Alessandrini, Alfredo Bernardini, Alberto Grazzi, Vittorio Ghielmi, Kenneth Weiss, Emma Kirkby ou Maurice Steger.
O trabalho de investigação e recuperação do património musical português ou ligado a Portugal, nomeadamente, o do século XVIII, tem sido uma das primordiais prioridades da actividade deste agrupamento, tendo apresentado em estreia moderna mundial a ópera “Antigono”, de Antonio Mazzoni, a terceira e última produção a ter sido apresentada na ópera do Tejo, destruída pelo terramoto de 1755, as oratórias “Morte d'Abel” e “Gioás, re di Giudá”, de Pedro António Avondano, as Serenatas “L’Isola Disabitata”, de David Perez e “L’Endimione”, de Niccoló Jommelli.
O Divino Sospiro conta nos seus concertos com a participação de prestigiados artistas, como Andreas Scholl, Alfredo Bernardini, Chiara Banchini, Christina Pluhar, Christophe Coin, Katia e Marielle Labèque, Rinaldo Alessandrini, Alexandrina Pendatchanska, Deborah York, Filippo Mineccia, Fulvio Bettini, Gemma Bertagnolli, Maria Bayo, Maria Cristina Kiehr, Maria Hinojosa Montenegro, Romina Basso e Giuliano Carmignola, entre outros.
São extensos os registos televisivos e radiofónicos deste agrupamento, dos quais destacamos os da: Radio France, Antena 2, RTP e Mezzo. O CD "Chiaroscuro", com repertório dedicado a W. A. Mozart, gravado para a editora japonesa Nichion, mereceu o galardão de bestseller naquele país e foi divulgado em concerto pelo canal Mezzo. Em 2012, sob a direcção de Enrico Onofri e com a participação da soprano Gemma Bertagnolli, apresentou o trabalho discográfico "1700, the Century of the Portuguese" totalmente dedicado a obras do património musical português setecentista, gravadas em estreia mundial. A revista diverdi.com classificou-o lisongeiramente como "un disco soberbio". Em 2014, editou o CD triplo com a gravação ao vivo de “Antigono”, que mereceu o melhor acolhimento do público e rasgados elogios por parte da crítica. A revista Diapason atribui-lhe '5 diapasons', a pontuação máxima, e destaca que "a orquestra seduz pelo seu agudo sentido do teatro".
Vemos as nossas amizades como um dos pontos fortes e essenciais na base da nossa orquestra. De facto, devemos muito a quem apostou no Divino Sospiro. Foi o caso do CCB, Centro Cultural de Belém, que cedo perspectivou o potencial desta orquestra e nos acolheu em residência durante vários anos.
Actualmente, o Divino Sospiro tem desenvolvido uma relação de grande valor artístico e ideal com a “Parques de Sintra – Monte da Lua”, gestora do Património UNESCO da Humanidade na área de Sintra, em Portugal, criando o “Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal” e dando vida a um núcleo de actividades de programação, de investigação e de divulgação que se têm imposto à atenção de todo o ambiente cultural nacional e internacional.
Queremos agradecer toda a confiança depositada em nós. Um muito obrigado!